Dia de tomar consciência do Stress (antes que o Stress tome conta de nós)

Tanto se passou esta semana no tocante aos famosos Dia de. No fim da semana o AVC e a Terceira Idade (não necessariamente relacionados), para além da controversa e deprimente mudança para a hora de inverno; depois entraram as Bruxas e o Pão por Deus; poupamos um bocadinho (de preferência em casa e também o planeta) e celebramos o amor pelo planeta e pelos animais no dia em que se comemora um estilo de vida que em 1994 já tinha 50 anos: o Veganismo.

O Veganismo é uma filosofia de vida, é a prática de abstinência do consumo e uso de quaisquer produtos de origem animal. Distingue-se do Vegetarianismo pois os vegetarianos consumem alguns produtos de origem animal como seja ovos, leite e mel.

O objetivo do dia de ontem é chamar a atenção das pessoas para a exploração e para o abuso dos animais, lembrando a importância de outros alimentos na alimentação diária.

Chegamos então ao Dia de hoje, talvez ou não relacionado com tudo o que se falou atrás: o Dia da Consciencialização do Stress. E digo relacionado ou não porque penso que o cada vez maior distanciamento da natureza, dos processos naturais, do ciclo circadiano, nos levam a uma espiral de querer mais, de intensificar mais, de explorar mais, numa tentativa louca de conseguir que mais e mais e mais caiba nas 24 horas que ficticiamente criámos para cada dia.

Esquecemos o equilíbrio que é necessário, somos cada vez mais extremistas em tudo aquilo que fazemos, esquecemos de onde as coisas vêm (que não de prateleiras de supermercado), que temos que dar para receber, esquecemos que somos parte de um todo e tentamos impor à natureza a nossa própria agenda, as nossas próprias deturpadas convicções. E obviamente que tudo isso causa stress, pressão, sofrimento.

Queremos mudar o mundo para encaixar o que ele não precisa, impedindo-o de dar o que tem e que realmente precisamos.

Somos pressionados a trabalhar mais e melhor e as ferramentas que nos facilitam o trabalho acabam também a arranjar espaço para que se trabalhe mais (e de qualquer lugar) em vez de diminuir a carga ou a jornada de trabalho.

Deixamo-nos pressionar pelas redes sociais, pelo parecer e julgamento de pessoas que nem conhecemos, numa busca desenfreada de pertença, quando na realidade nos afastamos cada vez mais.

Exigimos de nós próprios o impensável, somos o nosso maior carrasco. Tal qual sapos numa panela sobre o lume, fervemos lentamente as nossas convicções, acrescentamos muito lentamente um pouco mais de “calor”, e um pouco mais de “calor”, tarefa após tarefa, projeto após projeto, programa após programa, e suavemente, sem nos apercebermos, ultrapassamos o limite do suportável.

Tudo isso se paga caro. Lá está, há que dar para receber, e recebemos na proporção do que damos.

Apesar de invisível, o stress tem um peso elevado. Ignorar o stress no trabalho ou no dia-a-dia pode levar a sérias complicações de saúde como o declínio do sistema imunitário e o aumento da pressão arterial e da suscetibilidade a doenças cardíacas.

Há que parar, olhar em volta, pensar “serão estas as paredes da panela em que fervo?”, “sou um sapo enredado nas redes da sociedade?”, “como posso sair daqui?”, “fujo ou baixo o lume?”…

Muitas são as medidas para “baixar o lume” – fugir requer não só muita coragem como talvez o desligamento de coisas que são importantes para nós, eventualmente a família, mas cujas rotinas, impostas pela sociedade que nós próprios criamos, nos enredam de novo e prendem ao facilitismo do que nos é conhecido.

Mas tudo tem sempre um princípio e portanto temos que começar por tomar consciência do “lugar” onde estamos para depois podermos ir “baixando o lume”: Contar até dez e respirar fundo; Fazer pausas no trabalho; Dividir o trabalho em tarefas e estabelecer prioridades; Anotar todas as tarefas e obrigações; Organizar o espaço de trabalho; Decorar o espaço de trabalho como itens pessoais; Mudar a decoração com frequência; Fazer exercício físico; Dormir bem; Alimentarmo-nos saudavelmente; Sorrir; Ter pensamentos positivos; Ouvir música instrumental; Ver vídeos engraçados; Envolvermo-nos menos emocionalmente; Fazer meditação.

E embora algumas destas coisas possam parecer óbvias nem sempre são fáceis (hábitos, nem tirar nem pô-los) e por isso temos que avançar gradualmente.

E ter sempre presente em mente que caminhamos para nós próprios, para nos reencontrarmos, para sermos uma melhor versão (mais saudável) de nós! Be your self – Be your best – Enjoy your life!

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4 Responses

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