Quem já está desse lado há uns tempos, já sabe que cá por casa há mais criaturas de quatro patas do que de duas, e também que tudo se faz aos pares… de fêmeas (tirando o pobre tartarugo em clara desvantagem).
Não havendo óbvia predominância específica (de espécie entenda-se), se pensarmos “ao kilo”, a batalha é ganha pela espécie canina: duas “já não tão redondas” representantes da espécie, em terceiro e quarto lugar no ranking etário (porque as tartarugas empatam), mantém-nos alerta com os seus problemas de saúde, dando realmente sentido à frase “Preso por ter cão, preso por não ter”.
Não são as primeiras criaturas com particularidades e necessidades especiais e – por muito que o coração doa por todas elas e digamos “não queremos mais” – aposto que não serão as últimas.
Claro que viver sem as suas patinhas e as suas cabeças pousadas nos nossos braços, a transbordar amor e a pedir festinhas, é completamente impossível – há dias que não se sobrevivem sem isso.
Mas nem sempre levá-las connosco é possível ou prático, e agora, presos a horários de medicação, deixá-las mais de 12h sozinhas é quase impossível. É verdade que sempre planeámos as saídas de forma a que fossem connosco, e raramente ficaram em hotéis para cães, e por isso estamos cada vez mais “presos por ter cão”.
Mas muitas vezes, se não as tivéssemos, bem que ficávamos enroscadinhos em casa dias a fio… e hoje sendo o Dia de Passear o Cão, o assunto salta bem mais à vista.
A ideia é o cão incentivar-nos a levantar e fazer uma boa caminhada, uma ou duas vezes por dia, esticar as pernas, respirar ar puro, passear com um amigo, em fim, relaxar. Tudo muito bonito na primavera ou no outono, quando não chova ou faça calor abrasador, se não tivermos longos e malucos horários de trabalho. De resto, horários regulares para passeios, são virtualmente impossíveis… E, provavelmente por isso, foram surgindo os passeadores de cães profissionais.
Poucas são as pessoas que conseguem conciliar as exigências do trabalho com os cuidados aos cães (já nem se fala de filhos, que cada vez surgem mais tarde), quase um privilégio para reformados (que depois não podem viajar ou fazer por vezes a vida normal: porque ficam presos pelo cão!!!).
Mas são sem dúvida uma fonte infindável de amor, de motivação, de apoio, e valem bem a pena todos os cuidados que possamos ter de lhes dar. São filhos com esperança média de vida muito inferior à nossa, são filhos que nos vão deixar muitos buracos no coração (porque quem os ama terá sempre outros mais), são filhos que largam muito pêlo, mas que nunca poderíamos deixar de ter!
Vá, upa, levanta-te, calça as sapatilhas, pega na trela, vai passear o cão!!! Bom passeio higiénico para ambos e não te esqueças de levar um saquinho (para apanhar sabes bem o quê!!)!
Be your self – Be your best – Enjoy your life!