Poucas vezes falo dela, seja porque esteve pouco tempo connosco, seja porque é duro falar, seja porque era um anjinho e muito timidamente andasse sempre atrás da mãe (não há grandes peripécias a contar), mas a nossa Maggie, que continua nos nossos corações, também merece o seu cantinho!
Tudo começou com a Katy, de quem já vos falei antes, que surgiu nas nossas vidas dentro de um caixote de cartão, com os seus irmãozinhos e dezenas de pulgas à mistura, pelo meio dos legumes e verduras numa feira semanal!
Aquela coisinha linda conquistou os nossos corações e lá desembolsámos os trocos que o lavrador nos pediu por ela!
Por norma não compramos, só adotamos, mas, mesmo não sendo de um canil, aquela bichinha precisava de um lar e não era como se o lavrador estivesse a fazer criação com aqueles bichinhos – apenas quis aproveitar para fazer uns trocos enquanto arranjava casa para a ninhada.
Entrou assim nas nossas vidas e deu-nos uma surpresa uns meses depois: ficou durante umas semanas em casa de uns familiares e voltou de lá recheadinha de uns caniches lindos que vieram a ser maiores do que ela!
Mal se mexia a coitadinha e lá teve o seu parto em casa, rodeada de cuidados e amor.
Nasceram o Bart, a Jackie, a Maggie e a Blackie: quatro mamarrachos mamões que esgotaram as reservas da coitadinha num instante e assim lá acabámos nós de leite e biberão em punho, a alimentar de 2 em 2h, bebézinhos que às vezes nos rosnavam porque queriam dormir!
Distribuídos os malandrecos pela casa de familiares, ficou connosco a Maggie, a tal doçurinha medricas que seguia a mãe para todo o lado.
Algumas das peripécias já vos contei, falta dizer que um outro episódio de “alguém deixou o portão aberto” nos custou muitos anos com a Maggie ao nosso lado… Terá saído pelo portão ou pior ainda terá sido levada por alguém que se encantou com um caniche fofinho…
Afixámos cartazes, percorremos kms com a foto dela na mão, avisámos todos os veterinários da região, mas nunca mais apareceu, viva ou morta… Resta a consolo de que deve estar bem tratada pois nunca apareceu num veterinário ou teríamos sido informados. Já lá vão no mínimo 19 anos…
Mudando de bebé e de departamento animal, aqui na equação a Petshop entra apenas como local onde estavam abrigados os gatinhos do Gatil cá da zona! Dona de cães desde que os pude ter à minha guarda, meti na cabeça que queria um gato e lá fui buscar a Mel à Petshop!
Como sou do contra, tinha o olhar fisgado num gatinho preto (tenho a teoria de que tenho tanto azar tanto azar que um gato preto em cima só pode dar sorte 😸), mas a menina que tomava conta deles lá me convenceu a trazer a Mel – cujo nome indicava o grau de doçura do bichaninho!
Ainda foi Melanie G. por uns tempos, porque não gosto dos típicos nome de animal (gosto de lher dar nome de gente pois são gente para mim) mas o mel veio ao de cima e o nome ficou de vez!!
Bebézinha ainda, andava comigo para todo o lado, fosse no bolso do robe ou no capuz da camisola e dormia no meu cabelo! Não havia cá daquelas bolsas para dar colo a bichanos!
Já passaram 16 anos mas continua igualmente “melada”, talvez até mais “mimoca” agora na velhice – quando termina a soneca! Há que ter prioridades!
Tem dificuldade em subir para a minha cama pois vê mal como já vos contei e precisa de um espaço amplo para fazer pontaria para a aterragem, mas dá sempre para esticar o braço para a trazer para dormirmos em conchinha! Sou o ninho da Mel!!
Se também és o ninho do teu bichinho ou tens uma destas trágicas histórias de perdas, conta tudo aí nos comentários!
Be your self – Be your best – Enjoy your life!