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Caquinhas no jardim ou a falta de civismo do bom do português

 

Ora como todos já sabem, passei a ser passeadora (agora infelizmente apenas) de uma representante da raça canina, pelo que 4 a 5 (!!!!) vezes por dia lá vou eu fazer uma incursão pelo relvado onde “desaguam” todos os cães da redondeza.

É ver o pessoal, atento, a olhar por cima das faixas de madressilva muito genialmente colocadas paralelamente e separadas por um aceitável pedaço de relva, a ver se vem cão solto ou com dono mais incauto e que faça o nosso exemplar esquecer ladrando dos motivos de imperativa ordem biológica que o ali levaram!!

Um vai pela direita, outro pela esquerda, contornam a madressilva e ufa, lá estão os bicharocos cada um do seu lado da parede de arbusto!

Propositadamente ou não criado para o efeito, o referido jardim apresenta ainda vários caixotes do lixo reforçados com saco e um magnífico dispensador de negros saquinhos especificamente destinados a apanhar as caquinhas (às vezes, muitas!, não tão “inhas”) dos melhores amigos do homem que, falta de civismo n°1, grande parte das vezes está vazio.

E assim sendo; falta de civismo n°2, seja porque o bicho anda livre, seja porque (ao contrário de certas pessoas que não têm receio de usar sacos transparentes e na realidade estão mortas por usá-los para acabar com o infindável stock de saquinhos da fruta que entopem a casa) se esqueceram de trazer o necessário saquinho, é ver poio atrás de poio, de todos os tamanhos consistências e feitios, um pouco por toda a faixa de relva por entre as madressilvas.

E lá vamos nós, tipo elefante saltando suavemente de nenúfar em nenúfar, tentando não calcar nenhum dos poios, enquanto se está atento a se a nossa representante canina também não calca, a se faz um prolongado “n°1” pelo meio daquilo tudo e a quando a caminhada já ativou o intestino e está na hora de sacar o saquinho do bolso para recolher o que os outros não recolhem! Por vezes quando a pontaria é tal, faz-se a recolha “2 em 1” e lá se contribui para limpar um pouco o relvado.

Coincide que pelo meio existe um parque infantil que dada a proximidade de várias escolas e infantários está todos os fins de tarde carregadinho de crianças que se deliciam entre baloiços e escorregas e miminhos ao vários cães que por lá passam, pelo que volta e meia extravasam do local que lhes é destinado, vão a correr para a relva, e a coisa não corre lá muito bem…

E assim adubadas e com as chuvas que vão vindo, as diferentes relvinhas lá vão crescendo, pelo que com uma cadência mensal, às vezes em horários estranhos, lá vem a mota-corta-relvas da câmara, com um jardineiro condutor, que me pergunto muitas vezes se vem suficientemente protegido para não levar com eventuais “projeções”… Tenho mesmo pena do sr.!: imagino que precisaria de um fato tipo risco biológico!

Chegámos pois ao momento da reprimenda da hora (porque a moral da história não existe porque os donos das criaturas, avisados, já estão habituados a saltar de nenúfar em nenúfar e não sofrem as consequências), lembrando que com a adoção vêm responsabilidades e se o nosso bichinho tem que usar um quarto-de-banho exterior, temos no mínimo de o deixar como o encontrámos porque o bichinho não tem com certeza capacidade de o fazer! Se fosse um filho mudaríamos a fralda e limpávamos o rabinho: é a mesma coisa!!!

Por isso, FAÇAM O FAVOR DE APANHAR AS CAQUINHAS, ninguém merece acabar por as calcar, não cai nenhum pedaço e não fará com que deixemos de Be your self – Be your best – Enjoy your life

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Uma resposta

  1. […] por onde andar e hoje não é exceção.   Hoje é o Dia de um tipo de parque diferente, sem ser aquele onde levamos o nosso exemplar canino diariamente. Não, um parque natural é uma área protegida por lei com paisagens naturais, seminaturais e […]

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