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Coleiras e trelas e independência tenaz

Quando se fala de coleiras e trelas não posso deixar de pensar na Katy e no seu espírito independente e tenacidade! Nada abatia aquela bichinha, até o fim chegar…

Mas antes de vos contar tudo sobre a Katy, preciso de partilhar os meus sentimentos sobre coleiras.

Como vos contei aqui, nunca tive casotas mas não vos disse que não gosto delas. Fazem-me sempre pensar num pobre animal, acorrentado, limitado nos seus movimentos e sujeito às flutuações de temperatura…

Claro que seria perfeito se houvesse muitas casotas, espalhadas por vários locais, para os pobres animais de rua se poderem abrigar.

Mas prefiro imaginá-los dentro de casa, seguros, enroscados noutro companheiro peludo ou no seu humano de eleição!

coleiras é outra coisa.

Não as vejo como castradoras ou como prejudiciais de qualquer forma. Muito antes pelo contrário.

Seja influência do filme da Disney “Dama e o Vagabundo” seja lá o que for, vejo-as como um sinal de confiança, de amor, de que têm uma família que sempre os protegerá e lutará por eles! É como se fosse uma aliança de casamento que se tem orgulho de mostrar e que nos faz sentir confiantes.

Outra coisa importante é que também são um sinal identificador, um indicador de que aquele bichinho que vemos sozinho na rua não deveria ali estar, perdeu-se da sua família e precisa do nosso auxílio para regressar.

Por isso,  a primeira coisinha que faço mal um bichinho novo entra na nossa vida, é arranjar uma coleira que lhes indique que têm um lugar de amor permanente na nossa família e gravar lá o meu número de telemóvel que é, e será sempre, o mesmo, desde que tenho telemóvel há cerca de 30 anos (agora ’tá toda a gente a perguntar “que idade terá esta gaja!”😆).

O mesmo vale para as gatas. Faz-me uma impressão terrível não terem coleira. Sinto como se as estivesse a abandonar!

A Mel tem a mesma coleira desde bebé, ajustada ao tamanho e colada nas pontas para não se desfiar.

Já a Ruby, levei uns anos até que confiasse e deixasse colocar uma coleirinha prateada à qual também tive de colar o fecho porque se soltava.

Mas tive de a cortar pois, inexplicavelmente, a Ruby apareceu com a coleira a prender o maxilar e com as gengivas a sangrar! Não sei como o fez e foi mesmo muito assustador, mas cortei a coleira e não voltei a colocar outra.

À Ginger nem tentei colocar coleira pois como é superagitada achei que, com maior probabilidade, a situação da coleira ficar presa nos dentes iria acontecer.

Mas lá está, acho sempre que falta alguma coisa,  como se não as estivesse a proteger devidamente…

Mas “voltando à vaca fria”, a Katy! A Katy tinha a sua coleirinha de camurça bege e um peitoral a condizer. Mas esta menina não precisava de trelas. Tinha, por questões de segurança, mas a maioria das vezes não usávamos. Porque este docinho era muito obediente e se disséssemos “Espera” ela esperava e só avançava quando dizíamos “Anda”! Mas de resto ia sempre à nossa frente! A liderar, a conduzir, a verificar se o caminho à nossa frente era seguro!!!

Claro que toda esta independência teve os seus senãos, como quando após nos mudarmos para outra cidade, alguém deixou a porta aberta e ela, seguida pela Maggie (que era sua filha), foi dar a volta ao quarteirão à nossa procura. Mas conseguiu voltar para casa apesar de nos termos mudado há muito pouco tempo!

O outro senão custou-lhe um pouco à qualidade de vida, não tanto quanto seria de esperar. Mais uma vez, alguém deixou o portão aberto e apanhando-se com terreno p’ra explorar, lá achou que a erva do outro lado da estrada era muito melhor que a dos canteiros plantados em casa de propósito para ela e ao atravessar levou uma pancada de um carro na cabecinha.

Como estávamos próximos ouvimos o seu grito desesperante e rapidamente pegamos nela e a levamos ao veterinário, umas ruas ao lado.

Como era pequenina, com o impacto, os olhinhos saíram das órbitas e apesar de terem sido hidratados e recolocados no lugar, a Katy perdeu grande parte da sua visão…

Acham que isso a impediu de andar à nossa frente a liderar o caminho??? Nã! Nada demovia a nossa Katy das suas missões de patrulha e fosse onde fosse ia sempre à nossa frente! As únicas situações complicadas eram, coitadinha, quando ia em frente contra uma parede branca!!!

Anos (muitos anos) depois, temos a nossa diabéticazinha também com problemas de visão (efeito secundário da diabetes): mal vê as escadas para descer e se estiver contra o vento não se apercebe dos outros cães a aproximarem-se – e aqui a trela é essencial!!

A Delfininha adora ir à rua (mesmo que esteja a chover!!!!) e cheirar todos os canteiros e cantinhos do jardim. Mas para se sentir confiante e segura, a trela tem sido imprescindível. Coloco-a sempre do lado esquerdo (porque sou destra e preciso dessa mão livre para pegar nas chaves ou apanhar os muito grandes dejetos da Delfina) e com a trela enrolada na mão, por forma ao corpo da Del estar sempre encostado ou muito perto da minha perna, podendo assim avisá-la dos degraus ou evitar os obstáculos.

Para que conste, costumo baixar o braço e ela caminha, com rédea-solta, ao meu lado, sem se adiantar, ou atrasar ou puxar!!! Pura sintonia!

Quando chegamos ao jardim, desenrolo a trela dando-lhe liberdade de movimentos (mas ela sabe que está ligada a mim). Também dá jeito para a conduzir pelo espaço e evitar que calque poios que os outros donos teimam em não apanhar ou deixados por alguns bichinhos que deambulam sem casa por estas bandas.

Outra criaturinha que com certeza apreciaria um bom passeio pela natureza e eventualmente uma subida as às árvores é a nossa maluquinha Ginger! Já tentámos, sem muita insistência para já, colocar-lhe o peitoral da Katy, pois são semelhantes em tamanho – não gostou. Tentaremos de novo mais tarde.

É que a Ginger adora ir para a varanda brincar com as tartarugas, mas como é impulsiva,  temos medo que entre em modo de caça e se lembre de saltar atrás de alguma mosca ou pomba (outra das suas paixões). Por isso deixá-la ir arejar é tarefa “imprópria p’ra cardíacos” – não se consegue fazer mais nada não vigiar. Por isso o peitoral, ligado à trela de esticar (da Katy também) seria útil para a deixar livremente na varanda ou até numa aventura no parque.

Mas já chega das nossas aventuras a-treladas, conta-nos nos comentários como são as tuas!!!

Be your self – Be your best – Enjoy your life!

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