Deixar fluir

Sem Dia de … nem grandes queixas no que toca às famosas maleitas de que me gabo constantemente, fica o artigo do dia de hoje um bocado mais difícil de fazer.

Curiosamente, pensava eu noutro dia que isto de escrever sobre o Dia de… por vezes condiciona a inspiração e a transmissão das minhas opiniões, uma vez que muitas vezes a inspiração vem sobre temas que nada têm a ver com o que se pretende em determinado dia mas depois não fazem sentido noutro dia qualquer! E depois estou eu aqui à nora sem saber sobre o que escrever! Realmente, nós humanos, não sabemos o que queremos!!!

Muitas vezes quando penso em escrever, penso numa bela máquina de escrever como a magnífica Azerty que povoou os dias da minha infância, quiça por supor que a dita cuja, para além de provas e exames, também escreveu imensos artigos de opinião para variadíssimos jornais, publicações e demais fins. Mas, na realidade tal não faz sentido.

Romantizo o espaço e o momento, mas a escrita deve seguir uma determinada cadência, um ritmo, um fluir, muito próprio e único, que nunca se coadunaria com a demora de carregar de forma tão mecânica em imensas teclas.

Quanto muito, escrevo no teclado do computador, algo que me agrada mas não para este tipo de escrita que depende da inspiração. Por preguiçosisse, acabo a escrever no teclado do telemóvel a maioria das vezes. Seja por, por vezes não apetecer mesmo sair do relaxamento da cama, ou porque no escurinho me concentro melhor, seja porque para passar para o site preciso ter os escritos em formato digital. Mas o que chama mesmo a veia da inspiração é a escrita a pulso, à mão, em que as palavras saem no ritmo certo, na cadência correta, num fluir da alma através da caneta para o papel.

Não escrevo à mão há eternidades. Embora tenha ainda uma grande dependência do papel.

Mas, com o telemóvel e as aplicações que sincronizam em todos os dispositivos sempre à mão, qualquer momento é momento de escrever e nunca mais andei com o caderninho de notas. Mas a questão do ritmo e da cadência é mesmo condicionante: sempre à procura de novidades que permitam maior eficiência, consegui recentemente configurar em português de Portugal e em inglês, uma aplicação que ESCREVE aquilo dizemos, mas a coisa é demasiado rápida, escreve logo o que digo, distraindo-me, baralhando-me e inevitavelmente quebrando o ritmo e a cadência! Fico-me pelo teclado do telemóvel, imaginando os sentimentos a fluírem como palavras para o belo do papel, quase sentindo o cheiro da tinta!

Até breve! Be your self – Be your best – Enjoy your life!

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