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Macrobiótica, afins e regimes alimentares pré-históricos

Num mundo em constante mudança, em que começamos a questionar os nossos valores e a nossa relação com a natureza; em que valorizamos mais a nossa saúde, sem prejuízo para os demais; a alimentação Macrobiótica (melhor explicada aqui) e os substitutos da carne e do peixe são cada vez mais procurados.

Tentamos de novo encontrar o equilíbrio, fugir de práticas massificadas que prejudicam natureza e ambiente e causam TANTO sofrimento a outros seres.

Na ânsia de tudo ter, de não passar provações, passou-se da falta ao excesso e pagamos caro por isso. O consumo de outros animais, em tempos há muito idos, equilibrado com o que a natureza nos dava, tornou-se, na sociedade ocidental, quase imagem de marca, sinal de riqueza e bastança, com a pança a simbolizar, tudo menos saúde e bem-estar!

Comemos demais. Demais e do que não devemos.

Esquecemos que somos omnívoros e não carnívoros, esquecemos que somos mais cérebro que músculos e não o alimentamos adequadamente… deixamos para trás alimentos dos quais nos servíamos há milhões de anos (leguminosas, sementes, raízes, frutos) para nos centrarmos no que seria uma (bem-vinda) exceção – a carne.

Caçar era difícil e portanto não haveria disponibilidade de carne em todas as épocas (estações), provavelmente nem mensal ou semanalmente, muito menos diariamente e a todas as refeições!!

Apregoamos a dieta mediterrânica e não a seguimos! Os legumes são postos de lado; sopas nem vê-las; saladas só da moda; e lá vamos nós para a carne vermelha, enchidos e processados, sem nos darmos conta do aumento extraordinário de doenças como cancro e doenças cardiovasculares na nossa sociedade consumista!

“Ninguém come carne com tanta frequência, exceto no Árctico, onde os inuit e outros grupos, por tradição, chegavam a obter 99% das calorias ingeridas a partir de carne de foca, narval e peixe. … Os hadza obtêm quase 70% das calorias ingeridas através de plantas. Os kung, por tradição, ingerem tubérculos e nozes de mongongo, os pigmeus aka e baka da bacia do rio Congo comem inhames e os índios tsimane e yanomami do Amazonas alimentam-se de banana-pão e mandioca.” (citando um artigo da National Geographic).

“Os mitos de que a caça nos define e a ingestão de carne nos torna humanos têm sido veiculados. … eles deixam escapar metade da história. É verdade que os humanos querem carne, mas aquilo que costumam efectivamente comer são produtos vegetais.” (Amanda Henry – Instituto Max Planck para a Antropologia da Evolução – Leipzig).

“A marca verdadeiramente distintiva do ser humano não é o seu gosto pela carne, mas a sua capacidade para se adaptar a muitos habitats e combinar diferentes alimentos para criar múltiplos regimes alimentares saudáveis. Infelizmente o regime alimentar ocidental atual não parece ser um deles” (Leslie Aiello e William Leonard).

A grande evolução terá sido o cozinhar, o pré-digerir os alimentos permitindo melhor aproveitamento dos nutrientes que continham e a poupança de tempo e energia a fazer a digestão – deixando mais energia para o funcionamento / desenvolvimento do cérebro.

Por isso sim, equilíbrio! Equilíbrio entre os diferentes tipos de alimento que ingerimos. Equilíbrio entre a dieta alimentar que fazemos e o nosso grau de atividade.

Equilíbrio na forma como cozinhamos os alimentos – evitando os processados!

Diversificando a nossa alimentação para ir buscar diferentes tipos de nutrientes a diferentes alimentos – para obter uma vasta gama de nutrientes e satisfazer as nossas REAIS necessidades – sem excessos ou egoísmos.

Cuida de ti! Be your self – Be your best – Enjoy your life!

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