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Velhotes,  dores de alma e cuidados veterinários

Custa muito, mas não vamos pra novos. Custa mais quando olhámos para os nossos bichinhos e vemos o tempo a passar por eles de uma forma para nós injusta, anti-natura, desproporcionada: os filhos partem antes dos pais… E, uma vez que fica um vazio (físico na casa) a tendência é para preencher de novo, com nova alminha que nos trará alegria, divertimento e balbúrdia, e candidatar a nossa alma a ficar mais ainda esburacada. Já são tantos os buracos…

Neste momento temos uma sénior que requer alimentação para velhos, e tirando estar magra e se sentirem os ossinhos, ultimamente até anda mais energética e vai aparecendo pela casa! Temo o peso da idade…

A nossa diabéticazinha tem dias melhores e piores, parece estar a fazer a sua vidinha à custa de ração veterinária para controlo de peso, insulina e comprimidos ou sticks para as articulações. Mas aquela barriguinha vai crescendo e o aperto no nosso coração também… Estamos sempre alerta para qualquer sinal de desconforto, dor ou sofrimento…

A nossa Ruby … continua ágil, com apetite, vem cravar miminhos e escovadelas e também umas massagens na hérnia e na barriguinha… Que também nos parece mais larga… Mais se estreita o coração…

Mas os mais velhinhos da casa nem são cães nem são gatos. No topo do pódio estão as nossas tartarugas, já com a bela idade de 22 anos, que depois de um sprint desmesurado a crescer estão agora sempre na mesma! Estava em crer que a esperança média de vida destas aceleras era de 100 anos mas caiu-me agora a alma ao chão ao descobrir que em cativeiro anda pelos 30 anos! Ai que me morre a bicharada toda e parte da alma!

As nossas Tutas foram o primeiro animal de estimação do nosso mais velho. Já havia a Katy e a Maggie, mas essas eram dos pais (apesar dos cuidados incessantes à cria: a Katy esgueirava-se por entre as grades para ir dormir dentro do berço ao lado dele), pelo que a coisinha pequenina queria uma tartaruga.

Ora uma fica muito sozinha, lá tiveram de ser duas e, sendo casal, ficaram oficialmente com o nome do casal (Disney) famoso da época: Bernardo e Bianca!! Mas nos dias que correm são mais o Nino e a Nina!

Os tanques foram crescendo com elas, de tartarugueira de plástico a aquário com aquecedor a tanque com bomba de filtragem da água e de momento estão num tanque de tartarugas para jardim (embora numa varanda) ao ar livre pela primeira vez na vida!

Era difícil arranjar-lhe comida – a que elas gostavam e os peixinhos pequeninos secos que comiam deixaram de ser vendidos na loja habitual pelo que recorremos a outras soluções e vamos alternando entre alimentação para tartarugas e corações de frango congelados (porque descongelados não flutuam e se não flutua elas já não comem)…

Como são aquáticas – apesar de gostarem de bons banhos de sol e de umas sprintadelas pela casa – só comem dentro de água, o que obrigada à máxima atenção para retirar rapidamente qualquer resto ou servirá para alimento a microalgas e quando damos conta lá andam as duas a nadar em lodo verde e toca de trocar a água toda e desinfetar o tanque – não me posso esquecer do anti-algas!

Quem adora assistir a todo este espectáculo é a tolinha da Ginger de quem são agora a mascota! Mal se abre a persiana da varanda está lá batidinha e depois passa que tempos parada a olhar para elas ou a andar pelas bordas do tanque, a pôr devagarinho a patinha ou estupefacta ao lado delas quando vêm dar uma voltinha dentro de casa!

Para já temo-nos conseguido manter afastados da veterinária (que adoro e com quem já tenho uma relação de 20 anos, muito mais profunda do que apenas porque esteve presente em todos os momentos difíceis dos nossos animais), exceto para comprar a insulina e as vacinas anuais – vem tudo da ByPW – mas temo que o dia de lá voltar se esteja catastroficamente a aproximar…

Até lá nada como Be your self – Be your best – Enjoy your life! Fazer o melhor com o que temos!

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