P’ra começo de conversa a coisa é “Dia de São Valentim” e não “Dia dos Namorados”.
No entanto como o referido Santo era protetor destes últimos, casando-os desobedecendo ao decreto imperial, a coisa generalizou-se e, de proteção aos discriminados (impedidos de viver livremente o seu amor) passamos a discriminar quem não tem companhia fixa neste dia, como se tal fosse de todo obrigatório para se ter uma vida completa e feliz!
Ora vejamos se celebrar o amor, o mais abrangente e nobre dos sentimentos, se pode ou deve restringir aos namorados!
Conta a história então que no século III d.c. o Imperador romano Cláudio II proibiu os casamentos, pois acreditava que os combatentes solteiros tinham melhor desempenho nas batalhas.
Valentim, bispo da época, desrespeitou este decreto imperial, realizando casamentos. O segredo foi descoberto e Valentim foi preso, torturado e condenado à morte.
Enquanto estava preso, Valentim conseguiu enviar e receber algumas cartas e antes de morrer, terá realizado um milagre, devolvendo a visão à filha do carcereiro de quem tinha ficado muito amigo, tornando-se assim, Santo.
Executado no dia 14 de fevereiro do ano de 269, a data deu origem ao Dia dos Namorados.
Mas as trocas de cartas entre amigos e o amor fraternal que originou o milagre acabaram esquecidos, passando a troca de cartões, os chamados “valentines”, a ocorrer apenas entre namorados!
E mais, quando se incentiva a troca de mensagens entre amigos ou familiares (festejando o tal amor fraternal, o tal que Valentim sentia pelos seus jovens protegidos, pela sua amiga invisual ou pelos amigos que com ele trocaram as derradeiras mensagens quiçá de conforto e encorajamento) parece que estamos a ter piedadezinha dos coitados que não têm par!
Forçando alguns que não confortáveis, sentindo-se de fora, arranjam companhia às pressas, apenas para que os demais os deixem em paz! Como se ter namorado(a) fosse um imperativo legal!
Acho muito mais interessante, muito mais proveitoso, o festejo nesta data do Dia do Amor (data internacional ainda não oficializada em calendário mas efetivamente existente) pois não só Valentim amou os enamorados unindo-os como amou os seus amigos, reforçando a data como a do Amor Fraternal, mas também porque este último move muito mais montanhas que o amor apaixonado, apesar da força e urgência presentes na paixão.
Amar o próximo, amar-nos a nós próprios permite-nos alcançar muito mais, pois o amor, de mãos dadas com a empatia, é a cola que nos une, que cura, que fortalece, e que sempre que é dado, mesmo que não volte, multiplica-se em dobro.
Por isso atrevo-me a dizer Love yourself – Be your valentine! e tudo o resto se irá compor!
Faz um amigo saber que o amas, que estás lá para ele, e ele estará lá para ti! E se não puder, o amor que lhe deste completa-te a ti e transforma-se em força!
Be your Self – Be your Best – Enjoy your Life!
2 Responses
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