Oceanos de vida

Os Oceanos.

O berço da vida.

A sopa primordial que nos deu forma.

O verdadeiro pulmão do Planeta, que ainda esconde mistérios sem fim, mágico sustenedor de infimas células, elas em si mágicas também, portadoras das fábricas de ar respirável e da base alimentar!

Ah, Oceanos de vida, imensa finda infinidura, parecem não ter fim, embora o fim esteja claro de ver! Onde termina e onde terminará. Se não pararmos de o transformar em sopa plástica antiprimordial.

Ah, tanto que damos como garantido mesmo sem quase nada o conhecer. Sempre ali estará, fonte de recreio, fonte de alimento. Sem contar com kms de profundidade – fossas abissais, abissais pradarias, negrumes imensidões – muita é também a vastura por onde se estende. Como podemos sequer supor que o conhecemos?

Longe da vista, longe dos corações! Embora se estenda até onde a vista alcança, até tocar o horizonte, continuamos sem ver o que lhe fazemos, as toneladas de detritos que cada um de nós acaba a lançar, direta ou indiretamente no nosso mar, porque ficam para lá da vista. E se outros vivem na imensidão de plástico que descartamos, também não é problema nosso, pois está longe do nosso umbigo.

O que muitos não sabemos é que de plástico já estamos cheios, microlisado por esta nossa imensidão, pelo sal, sol e força das águas, incorporado na base das cadeias alimentares e sim, já comemos plástico em muitas das nossas refeições! Cá se fazem, cá se pagam! E, tudo o que vai, volta! O que não compreendemos também é que tudo é cíclico!

As matérias vão e vêm, num infinito ciclo de transformação, passadas de fase em fase, transformando-se umas nas outras e voltando ao início. Incorporam este estranho que produzimos, o plástico, e este acaba a parar no topo da cadeia pois aqui não tem lugar. E, do pó vieste ao pó voltarás, mas agora o pó leva plástico, plástico que não se aproveitará! Que acontecerá ao plástico que através dos nossos corpos saiu microlisado dos mares e juntamente com o nosso pó se junta à terra?

Estamos muito longe da sopa primordial, da que deu origem à vida, a milhares de anos de distância…. seria capaz agora o nosso mar de vir a ser de novo gerador de vida?

Bem, facto ou não, apenas está ao nosso alcance aquilo que depende de nós e se cada um fizer a sua parte, ou antes NÃO fizer a sua parte, NÃO deitar fora o plástico, NÃO usar plástico ou reutilizar até à exaustão o plástico que não se consiga substituir e no fim se recicle o que sobrar, talvez se possa poupar o mar.

Deixar algum para os nossos filhos.

As crianças são o nosso futuro.

Feliz Dia Mundial dos Oceanos.

Be your self – Be your best – Enjoy your life