Ser ou não ser, heis a questão! OU Devaneios de uma dona de casa!

Para começar quero dizer que me dói o corpo todo! Já vi que estás atento aos nossos posts, mas não, não dói de ter estado a trabalhar de pé. E não doem os braços como seria de esperar pelo esfrega-esfrega mas mesmo o corpo todo. Parece que levei uma coça no ginásio! Tenho as coxas a arder como se tivesse feito pesos ou nadado kms! E depois vêm dizer que “à, as tarefas domésticas não contam como exercício físico”! COMO????? Pois, não é a eles que lhes dói o corpinho! Se doesse, de certeza que contava.

É que esta vossa amiga, mal espreita um pouco de sol, parece que leva uma descarga e entra em modo “barrela” e com jeito vai tudo a eito! Então a vítima deste desvario alimentado a sol foi um quarto infelizmente muito fustigado por infiltrações e inundações e desta vez nem tem a ver com as famosas inundações à força de duendes-tempestades de que vos tenho falado. Foi mesmo o furinho-no-telhado e o furinho-no-canozinho-discretamente-colocado-atrás-de-um-movél-embutido que juntamente com a infinita quantidade de água que tem caído dos céus nos últimos tempos, fez com que se desenvolvesse uma interessante quantidade de fungaria e mofaria, personificados nos nossos queridos amigos bolor e caruncho – isto apesar de abrir as janelas todos os dias e de ser uma maníaca da corrente de ar “para arejar”!

Ora o digníssimo proprietário da divisão em questão não foi bafejado pela minha genética necessidade de ordem e arrumação pelo que o primeiro ciclo solar foi passado a desbravar terreno até poder chegar ao condomínio habitado pelos supracitados fungos. Até aqui tudo bem: limpar o pó, apanhar umas coisas do chão, deitar fora umas caixas que estavam à espera dos 15 dias para troca que já passaram há uns anos e que entretanto tinham virado anexo para os referidos inquilinos; nada de mais! Restabelecida a ordem, entrámos no segundo ciclo solar e aqui é que a porca torce o rabo ou como quem diz “começa a malhação”!

De preguiça ataco primeiro o que está a jeito: toca a sentar no chão e esfregar a parede debaixo da janela, esfregão numa mão e pano na outra, como recomendam os especialistas. Ainda me tinha passado pela cabeça que bastaria passar com um daqueles cabos longos com um esfregão na ponta, mas não, tem mesmo que se dar aos biceps! Pronto, até aqui tudo bem e não senti demasiado os braços – o uso do rato vertical e do suporte para o portátil desbloquearam a tensão do pescoço e ombros e funciona tudo muito melhor (apesar do desgaste !).

Concluída a sessão e apontado um termoventilador à obra de arte, passámos para a sessão de equilibrismo! Vá de buscar o escadote pano ao ombro esfregão na mão e começo pelo canto interior, o mais fustigado, para depois não perder o gás… Deve ter sido uma paisagem bonita, já para não dizer que todo este espetáculo desportivo decorreu com duas máscaras porque sou alérgica a pó e esporos! Quem me visse da janela ia achar que eu era uma doida paranoica com o vírus! Óculos de proteção não precisei porque já venho com uns incluídos de fábrica graças ao lindo serviço que consegui por não usar filtro de luz azul como já vos contei…

Lá em cima do escadote foi mesmo fixe, pouco espaço para me mexer, braços no ar, apoiar a cabeça na parede para fazer força para o esfrega-esfrega – às vezes mais parecia que estava a sujar do que a limpar – nunca mais se via alguma melhora! Muitas muitas vezes subi e desci o escadote, para lavar o esfregão e repor o limpa-fungos e só quando finalmente consegui chegar perto da janela é que deu para ir mudando de posição e pôr um pé apoiado no parapeito!

O resultado final nem foi muito mau. Consegui tirar tudo menos aquelas manchas persistentes na tinta pelo que o quarto vai precisar de pintura, mas nessa não me meto eu – ainda ficava com coxas à Schwarzenegger! É que as coxas ficaram a arder! Nem se lhes podia tocar! Será que era de estar a equilibrar-me num espaço tão reduzido enquanto esfregava de um lado para o outro? Ou de subir e descer os degraus TANTAS vezes?

É que ficou a doer tudo! Mentira, só não dói uma coisa: os pés! E isso deve-se às nuvens que vocês já sabem que uso sempre a almofadar o calçado!

P’ra concluir: uma noite de sono e vários anti-inflamatórios depois, tenho o corpo que parece que fui ao ginásio! Portanto, não me venham dizer que não conta como exercício físico! Vá lá, conta ou não conta??? Comenta aí abaixo!

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4 respostas

  1. I don’t think the title of your article matches the content lol. Just kidding, mainly because I had some doubts after reading the article.

  2. […] Ora, estou muito de acordo que cada um encontre o seu movimento. Já disse aqui anteriormente que “correr por correr para mim não faz sentido” e me queixei “E depois vêm dizer que “à, as tarefas domésticas não contam como exercício físico”!” […]

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